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2012 - Livro Vermelho 2013

Hillia ulei K.Krause LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 06-03-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie de ampla distribuição no Brasil, ocorrendo abaixo de 900 m altitude, mas preferencialmente em regiões serranas ou de terra firme de floresta pluvial atlântica ou amazônica. Epífita, rupícola ou terrestre Ocorre em unidades de conservação. Tem baixa frequência de coleta, é provável estar ameaçada em avaliações estaduais, sobretudo em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Hillia ulei K.Krause;

Família: Rubiaceae

Sinônimos:

  • > Hillia viridiflora ;
  • > Hillia irwinii ;
  • > Hillia schultesii ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Verh. Bot. Vereins Prov. Brandenburg 50: 97. 1908. Espécie diferencia-se por apresentar venação subpalmada em suas folhas, característica encontrada apenas em H. oaxacana (subg. Ravnia) do México. Suas flores verdes geralmente se tornam marrom-escuras ou pretas quando secam. O tamanho de suas estruturas vegetativas e reprodutivas variam, bem como o tamanho relativo de suas lâminas foliares, estípulas, lobos do cálice, e lobos da corola (Taylor, 1994).

Distribuição

​ Possui distribuição esporádica nas florestas tropicais da América do Sul, ocorrendo na Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela. No Brasil, ocorre nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Rio de Janeiro e Paraná (Taylor, 1994; 2012).

Ecologia

Espécie caracteriza-se por ervas subarbustivas, arbustos ou arbustos epifíticos, suculentos, de até2 m de altura. Floresce de Dezembro a Janeiro e de Maio a Julho, frutifica de Janeiro a Março (Taylor, 1994); dispersão anemocórica (Zappi, com. pessoal).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O estado do Rio de Janeiro apresentava 98,59% de sua área coberta por Floresta Atlântica; no entanto, assim como no restante do território brasileiro, esta formação vem sofrendo ao longo dos séculos um intenso processo de fragmentação e redução, especialmente devido a sua localização. As florestas do estado do Rio de Janeiro estão entre as mais ameaçadas, já que cobrem atualmente menos de 20% da área florestal original (Fonseca, 2009).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O modelo tradicional da ocupação da Amazônia tem levado a um aumento significativo do desmatamento na Amazônia legal, sendo este um fenômeno de natureza bastante complexa, que não pode ser atribuído a um único fator; as questões mais urgentes em termos da conservação e uso dos recursos naturais da Amazônia dizem respeito à perda em grande escala de funções críticas da Amazônia frente ao avanço do desmatamento ligado às políticas de desenvolvimento na região, tais como especulação de terra ao longo das estradas, crescimento das cidades, aumento dramático da pecuária bovina, exploração madeireira e agricultura familiar (mais recentemente a agricultura mecanizada), principalmente ligada ao cultivo da soja e algodão. Esse aumento das atividades econômicas em larga escala sobre os recursos da Amazônia legal brasileira tem aumentado drasticamente a taxa de desmatamento que, no período de 2002 e 2003, foi de 23.750 km2, a segunda maior taxa já registrada nessa região, superada somente pela marca histórica de 29.059 km2 desmatados em 1995. A situação é tão crítica que, recentemente, o governo brasileiro criou um Grupo Interministerial a fim de combater o desmatamento e apontar soluções de como minimizar seus efeitos na Amazônia legal (Ferreira et al., 2005).

Ações de conservação

4.4.3 Management
Situação: on going
Observações: Espécie ocorre em Unidade de Conservação: Reserva Floresta Ducke, no estado do Amazonas (Taylor et al., 2007); Área de Proteção Ambiental do Cairuçú e Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro (CNCFlora, 2011).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Presumivelmente Extinta (EX) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

Referências

- FERREIRA, L. V.; VENTICINQUE, E.; ALMEIDA, S. O desmatamento na Amazônia e a importância das áreas protegidas., Estudos Avançados, v.19, n.53, p.157-166, 2005.

- FONSECA, R.N. Estrutura e composição florística do estrato arbóreo em um trecho de Floresta Ombrófila Densa Submontana no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Guapimirim, RJ. Monografia. Seropédica: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Instituto de Florestas), 2009.

- JUNG-MENDAÇOLLI, S.L. Hillia (Rubiaceae). In: MELHEM, T.S.; WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; SHEPHERD, G.J.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. p.351-352, 2007.

- TAYLOR, C.M.; CAMPOS, M.T.V.A.; ZAPPI, D. Flora da Reserva Ducke, Amazonas, Brasil: Rubiaceae., Rodriguésia, Rio de Janeiro, v.58, p.549-616, 2007.

- TAYLOR, C. Hillia ulei in Hillia (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB014063>.

- TAYLOR, C.M. Revision of Hillia (Rubiaceae)., Annals of the Missouri Botanical Garden, v.81, p.571-609, 1994.

Como citar

CNCFlora. Hillia ulei in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Hillia ulei>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 06/03/2012 - 17:34:54